No Brasil, o mercado de móveis corporativos começou a tomar corpo por volta de 2005, quando a Google montou o seu primeiro escritório no país. Esse foi o primeiro passo para que um novo segmento se fortificasse no setor moveleiro, e, só em 2017, o nicho respondeu por 20% da receita total da indústria moveleira. As sedes coloridas, com mesas de pingue-pongue, escorregadores e móveis descolados alteraram o ideal de escritório, trazendo essa tendência para os demais espaços corporativos do país.

Doze anos depois, esse nicho gerou R$ 11,9 bilhões em receitas ao Brasil. A informação é da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), que afirma que isso significa 20% do total da indústria moveleira nacional.

Parte desse crescimento se dá pela visão de que o ambiente de trabalho impacta significativamente no engajamento, na motivação e na produtividade das pessoas. Sendo assim, as empresas estão buscando desenvolver ambientes laborais mais funcionais, acessíveis, confortáveis e motivadores para seus funcionários.

Diante desse cenário, alguns fabricantes de mobiliário vêm se aperfeiçoando e se especializando nesse segmento.

“Vejo que a importação de mobiliário corporativo não seguiu o mesmo reflexo positivo, então, imagino que houve uma migração neste sentido para ocuparmos melhor esse mercado. O fabricante nacional vem se desenvolvendo tecnicamente e, com isso, fica mais fácil atender projetos nos quais se torna necessário lidar com dados técnicos específicos, como hospitalar, farmacêutica, fitness, alimentícia”, pontua Claudio Perin, consultor para indústrias de móveis. 

Cabe salientar que o setor de móveis corporativos tem suas particularidades específicas para os diversos nichos empresariais, o que faz com que existam especificidades técnicas para o desenvolvimento dos projetos nesses diferentes setores.

O que é preciso para atuar no mercado de móveis corporativos?
De acordo com Perin, algumas regras básicas são necessárias para obter êxito nesse mercado, já que os processos são mais específicos e detalhados do que os dos móveis residenciais.

“É preciso adquirir equipamentos CNC, ter conhecimentos de serralheria, mesmo que não vá verticalizar. Além disso, é necessário utilizar um bom software de projeto e contratar projetistas capacitados no segmento”, recomenda o especialista.

É importante destacar que o fabricante sem tradição na área pode enfrentar uma dificuldade inicial para entrar no mercado, pois, em geral, nesse nicho, cria-se com facilidade um laço de confiança entre fabricantes de instalações comerciais e seus respectivos clientes. Diante desse fato, quem quer investir no setor precisará de um esforço comercial e de um apoio de profissionais que já tenham atuado com móveis corporativos.

Diferenciais para atuar no nicho de móveis corporativos
Em termos construtivos, os móveis corporativos têm um trato bastante diferente dos móveis residenciais. Por exemplo, quem trabalha só com chapa, talvez não consiga atender adequadamente a esse mercado.

Na hora de pensar no projeto, priorizar pintura epóxi, muitos vidros com medidas diferentes e estrutura de reforço metálico podem ser boas saídas.

Claudio Perin dá ainda uma dica final: “alguns projetos estão sujeitos a prazo de entrega de obra, portanto, se algo sair fora do cronograma, é importante o fabricante ter espaço para acomodar os móveis prontos, se isso fizer necessário. Oferecer facilidades como essa pode contar pontos importantes no mercado”, conclui.

Você pensa em atuar no segmento de móveis corporativos? Conhece algum case de sucesso nesse setor? Deixe sua mensagem nos comentários e até a próxima.

Fonte: Formoboli

 

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